A companhia de segurança Vupen confirmou na segunda-feira (9/5) que encontrou um modo de invadir o Chrome, contornando não só a caixa de areia do navegador, mas vencendo, também, as ferramentas de segurança do Windows 7.
“O ataque é um o mais sofisticado que já criamos, e é capaz de transpor todos os recursos de proteção, incluindo a caixa de areia, o ASLR e o DEP”, comunicou a empresa em seu blog oficial. “É uma invasão silenciosa – não é notada mesmo depois de contaminar a máquina – e explora falhas ainda não corrigidas – zero-day. Todas as versões do Windows estão vulneráveis ela”.
No YouTube, há uma demonstração da ofensiva.
De acordo com a Vupen, o problema pode ser explorado por sites maliciosos. Ao entrar em um desses portais, a praga “executa várias ações para, ao fim, baixar o aplicativo da calculadora remotamente e jogá-lo para fora da caixa de areia”. A calculadora é só um exemplo. No caso, ela seria substituída por um programa que daria início ao ataque.
Desde o seu lançamento, o Chrome é considerado um dos browsers mais difíceis de derrubar, justamente por seu recurso que o isola do resto da máquina. Ou seja, mesmo quando contaminado, o hacker não conseguiria espalhar a praga pelo computador.
O software da Google, por exemplo, sobreviveu às últimas três edições do evento hacker Pwn2Own.
A Vupen afirmou que não publicará detalhes sobre a vulnerabilidade ou sobre como ela foi explorada. “O código e os detalhes técnicos serão compartilhado com nossos clientes, como parte dos serviços que prestamos”.
A postura da empresa – por mais controversa que seja – foi anunciada ano passado. Na época, disse que não mais reportaria as falhas ao desenvolvedores, mas, me vez disso, só as comunicaria aos usuários que pagam por suas pesquisas.